segunda-feira, 23 de março de 2009

Você conhece a Lei do Menor Esforço?



Gladis Maia

Assim como eu, muitos de vocês devem ter sido educados para repudiarem a Lei do Menor Esforço, como se ela fosse um modo de ser de vadios, de preguiçosos, não? Mas eis que noutro dia ela me foi apresentada como algo muito precioso, no livro As Sete Leis Espirituais do Sucesso, de Dupaac Chopra. Acompanhem-me na abordagem!Há três maneiras para colocarmos em prática um dos seus princípios: ‘faça menos e realize mais’.

O primeiro explicita que devemos cultivar a capacidade de aceitação. Isto requer apenas que estabeleçamos a seguinte regra: ‘Hoje vou aceitar as pessoas, as situações, as circunstâncias e os acontecimentos tais como eles ocorrerem.’

Isso significa que esse momento pelo qual estou passando constitui a soma de todos os outros vividos no passado. E ele é como é, porque todo o universo é como é. Quando lutamos contra um momento, estamos de fato lutando contra todo o Universo.

Quando nos sentirmos frustrados ou aborrecidos com uma pessoa ou situação, devemos lembrar que na realidade a reação não é contra a pessoa ou a situação, e sim contra – ou a favor – dos nossos sentimentos acerca da pessoa ou da situação.

E se conseguirmos aceitar as coisas como elas são, encontramo-nos preparados para nos responsabilizarmos por esta situação e por todas as outras que nos parecem problemas.

Isso nos conduz ao segundo componente da Lei do Menor Esforço: responsabilidade. O que significa responsabilidade? Significa não culpar ninguém, nem a si mesmo, pela sua situação.

Depois de termos aceitado determinada circunstância, ocorrência, ou problema, a responsabilidade significa a capacidade de termos uma resposta criativa à situação tal como ela se apresenta no momento.

Se conseguirmos isto, todas as famosas situações problemáticas poderão tornarem-se uma oportunidade para a criação de coisas novas e boas, e todas as pessoas atormentadoras e tiranas nos servirão para aprendermos mais a realidade e interpretá-la.
Sempre que tivermos um adversário lembre-se de que todos significam a mesma coisa e recordemos o princípio: 'Este momento é aquilo que deveria ser.’ Sejam quais forem as relações que tenha trazido para a sua vida, serão sempre aquelas de que necessita no momento que passa. Há um significado oculto por trás de tudo o que acontece, e esse significado oculto serve à nossa evolução.

O terceiro componente da Lei do Menor Esforço é o distanciamento, o que significa que o seu conhecimento deve se estruturar através do distanciamento e que deverá renunciar à necessidade de convencer ou persuadir os outros dos seus pontos de vista.

Se observar as pessoas à sua volta, verá que elas passam noventa e nove por cento do tempo a defender os seus pontos de vista. Se renunciar à necessidade de defender os seus pontos de vista, por meio dessa renúncia ganhará acesso a imensas quantidades de energia que antes tinham sido desperdiçadas.

Quando nos tornamos defensivos, culpabilizamos os outros e não aceitamos nos render ao momento presente, nossa vida encontra resistência. Sempre que encontrar resistência, o melhor é reconhecer que se forçar a situação, apenas aumentará a resistência.

Não devemos nos manter rígidos como os altos carvalhos que a tempestade quebra e derruba. Em vez disso, vamos ser flexíveis como o junco que dobra durante a tempestade, mas se mantém íntegro.

Analogamente, outra aparente antítese está relacionada a “Lei do Desprendimento” que diz-nos que para adquirirmos qualquer coisa no universo físico temos de renunciar à nossa ligação a ela. Não devemos desistir da intenção, nem devemos desistir do desejo. Devemos desistir da nossa ligação ao resultado.

Tudo o que quisermos pode ser adquirido através do desprendimento, já que este se baseia na fé inquestionável, no poder do nosso verdadeiro Eu. A ligação ao resultado baseia-se no medo e na insegurança - e a necessidade de segurança baseia-se no fato de não conhecermos o nosso verdadeiro Eu. A fonte de riqueza, de abundância ou de qualquer outra coisa do mundo físico encontra-se no Eu; é a consciência que sabe como realizar todas as necessidades. Tudo o mais constitui um símbolo: carros, casas, contas bancárias, roupas e aviões.

A ligação direcionada ao resultado significa consciência da pobreza, pois esta presa aos símbolos. O desprendimento significa consciência da riqueza, pois ele traz-nos a liberdade para criar. Só com um envolvimento desprendido se pode obter alegria e prazer. Só assim obtemos os símbolos de riqueza, com espontaneidade e sem esforço. Sem o desprendimento, tornamo-nos prisioneiros de necessidades mundanas desesperadas e impossíveis, preocupações triviais, desespero passivo e tantas outras tristezas ... Pense nisso! Namastê!

domingo, 15 de março de 2009

Crie Saúde planejando, fazendo ou recordando, as coisas que mais gosta, mande a doença procurar alguém sisudo.


Gladis Maia

Da mesma forma como represar um rio causa inundações, lama, água parada e mau-cheiro, obstruir o movimento da energia no corpo humano causa a doença. William Bloom

Autor de diversos livros, entre eles “Proteção Psíquica” e “Tempos Sagrados: Ritos de Passagem e Festivais Sazonais”, o escritor inglês William Bloon, nos ensina a compreender o princípio energético que atua em diversos aspectos da nossa vida. Estar doente, por exemplo, pode até ser comum, mas não é normal.

O normal é ter saúde, disposição, bem-estar, as funções orgânicas em ordem e equilíbrio. Saúde é conseqüência natural do perfeito fluxo de energia no corpo humano - a mesma energia que faz uma árvore nascer da semente, crescer, dar frutos e viver muitas décadas é a que permeia nosso corpo e envolve nossa vida.

O que bloqueia essa força que nos sustenta é algo tão "invisível" quanto ela mesma: os sentimentos. De acordo com Bloom, desde bebês, vamos experimentando situações que julgamos ameaçadoras para a nossa segurança ou contrárias à nossa vontade. Começamos a criar resistências emocionais para aquilo que não queremos ou tememos. "É como se construíssemos uma couraça para nos proteger, mas é justamente ela que acaba obstruindo a energia".

Para exemplificar como isso funciona, o escritor conta a história do próprio pai, que foi três vezes operado de câncer no cólon. "Ele era um intelectual agressivo, que impunha suas idéias às pessoas; de tanto irritar-se com o que considerava burrice dos outros, acabou adoecendo." Durante o tratamento, sentindo-se fragilizado e carente, parou de discutir. Assumiu um comportamento mais passivo e amoroso que amoleceu sua couraça. "Meu pai então recuperou-se rapidamente, mas assim que ficou bom, voltou a ser agressivo", lembra. Como resultado, o câncer reapareceu.
A história, que repetiu-se ainda duas vezes, deixa algumas lições. Primeira: a doença é uma maneira de o corpo avisar o dono que ele precisa, urgentemente, relaxar. Segunda: o princípio de toda cura é permitir que a energia flua. Terceira: a energia é, simplesmente, o Amor. É nessa linha de pensamento que William Bloom baseia sua prática para a manutenção da saúde. Ele fala que precisamos criar situações que possam derreter a nossa couraça, deixando-nos mais amorosos e receptivos. O ponto principal de sua receita é simples e bem atraente: fazer, todos os dias, alguma coisa que nos dê muito prazer.

Como explica o escritor, quando fazemos o que gostamos, somos autênticos, estamos conscientes de nós mesmos e temos sentimentos de poder e de serenidade, tais quais os que criamos ao ouvir música, dançar, brincar com crianças, praticar algum esporte, acarinhar um cãozinho no colo... Quando permitimos que as sensações agradáveis tomem conta de nós duas coisas maravilhosas acontecem: uma é que o corpo produz endorfina, substância mil vezes mais poderosa do que o ópio e que é componente fundamental de qualquer cura. A outra é que, com o derretimento da couraça, abrimo-nos ao fluxo de energia do Universo.

Em assim vivendo, satisfeitos e felizes, a energia nos torna generosos e carinhosos com os outros, deixando-os também felizes. O efeito é altamente contagioso. Bloom afirma que, fazendo isso pelo menos uma vez ao dia, podemos ter muito mais saúde. A simples lembrança do que nos dá prazer alivia o stress causado por situações de que não gostamos.

Se uma pessoa que aprecia a natureza tem um dia difícil no trabalho, por exemplo, basta isolar-se por alguns instantes, fechar os olhos e visualizar-se num parque. "A mente subconsciente não faz diferença entre o que é real ou imaginário; assim, a pessoa se acalma", ensina ele.

Bloom nos presenteia com um conjunto de práticas muito simples para a manutenção da saúde:

1) faça uma lista de pessoas, lugares e atividades que você ama. Mantenha imagens ou fotos deles por perto - no trabalho, em casa, no carro.
2 ) todos os dias, dedique-se a alguma coisa que lhe dê muito prazer fazê-lo, nem que seja por um minuto, é melhor do que nada.
3) liste as memórias que lhe deixam feliz.
4) quando estiver com baixo-astral, feche seus olhos e reviva situações agradáveis por que passou e deixe-se envolver pelas emoções que elas evocam.
5) ao andar pela cidade, mesmo que o trânsito esteja ruim, lembre-se que além dos prédios e ruas há montanhas, florestas e rios e que o amor da natureza está por toda parte.
6) antes de dormir e ao levantar-se, focalize a atenção no corpo, agradeça-lhe amorosamente pelo serviço que ele lhe presta e se ele tiver alguma tensão ou dor, toque-o e conforte-o.
7) quando estiver cansado ou doente, proporcione repouso ao seu corpo.8) Esforce-se para ser gentil. Ao irradiar energia positiva e amorosa, você permite que energia da mesma qualidade o abençõe.


Se você é pessimista, descrente, acha tudo isto uma bobagem, está precisando mais do que ninguém de seguir os conselhos de Bloom. Até porque é de graça,e, se bem não lhe fizer, mal por certo não lhe fará. Sucesso! E para quem gostou, não custa acrescentar mais alguns hábitos saudáveis à sua longa vida saudável, por certo!Pelo menos pense nisto! Namastê!

sexta-feira, 13 de março de 2009

A respiração leva ao movimento, principal veículo para a expressão dos sentimentos




Gladis Maia

Todos os homens têm direito à vida, à liberdade e a busca da felicidade. Thomas Jefferson

A maioria de nós respira mal, ao invés de inalar e expirar profundamente, respiramos superficialmente. Temos uma certa tendência a prender a respiração em qualquer situação diante de um estresse ou até mesmo em situações simples como ir ao dentista, escrever um texto, esperar para ser recebido para uma entrevista ou consulta... O resultado disto é que a tensão aumenta!

A respiração profunda tem um efeito relaxante e qualquer um que a pratique conseguirá organizar melhor os pensamentos, inclusive diante de uma prova difícil, de qualquer natureza... É muito estranho que a maioria dos médicos e terapeutas não leve em conta a importância de uma respiração correta para a saúde física e mental e não atribua a queixa comum de seu pacientes, de cansaço e exaustão como conseqüência de uma má respiração...

A pessoa saudável respira com todo o seu corpo, ou mais especificamente, seus movimentos respiratórios se expandem profundamente através de seu corpo. A respiração profunda carrega o corpo e, literalmente, faz com que tenha vida!

O interessante - ou triste - é que podemos até reconhecer que o ritmo estonteante de nossas vidas não nos permite respirar... A bionergética recomenda que quando a respiração se torna difícil, devemos abandonar tudo o que estamos fazendo para novamente voltarmos a respirar com facilidade, afinal respirar é um caso de vida ou morte. Se não fizermos isto desde cedo, quando estivermos envelhecendo, só nos restará constatar que essa função como tantas outras funções vitais se deteriorou por não ter sido usada adequadamente.

Alexander Lowen, fundador da bioenergética diz que as pessoas respiram mal por que a respiração cria sensações e as pessoas têm medo de senti-las. Temos medo de sentir tristeza, raiva, dor ... Explica que provavelmente quando crianças, segurávamos a respiração para não chorarmos, puxávamos os ombros para trás, pressionando o peito para conter a raiva, manobras que acabam limitando a respiração. E o pior é que esta forma de respirar virou vício.
Para Lowen, a depressão e a fadiga são resultados diretos de uma respiração deprimida. Em vez de brilhar com a vida, a pessoa com má respiração é fria, inerte, mórbida. Não tem calor nem energia. Sua circulação é afetada diretamente pela falta de oxigênio.

Ninguém desconhece que as emoções fortes estimulam e fazem a respiração tornar-se mais profunda. E o inverso é verdadeiro, a estimulação da respiração e as inspirações profundas podem trazer à superfície emoções fortes. Veja-se os suspiros que damos quando choramos nossas dores.

A incapacidade de respirar plena e profundamente é também responsável pelo fracasso em conseguirmos uma satisfação sexual. A respiração inadequada provoca ansiedade, irritabilidade e tensão e encontra-se subjacente em vários sintomas como na claustrofobia e na agorafobia. Se a dificuldade é grave, pode levar ao pânico ou ao terror.

Outra coisa que deveria ser evidente, especialmente para os profissionais que tratam de nossa saúde, é que a personalidade se expressa através do corpo, tanto quanto através da mente. Não se pode dividir alguém em mente em corpo. Apesar dessa verdade, todos os estudos de personalidade têm se concentrado apenas na mente e, de certa forma, negligenciado o corpo.

O corpo de uma pessoa conta muito. Dependendo da sua postura, do brilho dos olhos, do tom da voz, da posição do maxilar, dos ombros e da boca, da facilidade em se movimentar e da espontaneidade dos seus gestos, ficamos sabendo não só o que ela é, mas também se ela está aproveitando a vida ou está triste e constrangida... Podemos até fingir que não reparamos nessas expressões da personalidade do outro ou o que fala nosso próprio corpo, porque a verdade pode ser dolorosa, mas bloquear essa dor irá fechar a porta para a possibilidade do prazer. E sem prazer não há saúde, quanto menos felicidade... Pensem nisto! Namastê!