sábado, 24 de outubro de 2009

BONS PROFESSORES EDUCAM PARA UMA PROFISSÃO, PROFESSORES FASCINANTES EDUCAM PARA A VIDA!



  
               Gladis Maia

 “O sistema social não os valoriza na proporção da sua grandeza, mas tenham a certeza de que, sem vocês, a sociedade não tem horizonte, nossas noites não têm estrelas, nossa alma não tem saúde, nossa emoção não tem alegria.(...) O mundo pode não os aplaudir, mas o conhecimento mais lúcido da ciência tem de reconhecer que vocês são os profissionais mais      importantes da sociedade.”  

Augusto Cury, autor da epígrafe, psiquiatra, cientista, autor de Inteligência Multifocal no seu livro Pais brilhantes& Professores fascinantes, da editora Sextante – obra que nenhum professor deveria deixar de ler –  alerta a sociedade  e governos para resgatarem não só os salários, mas a dignidade dos professores e sua saúde, pois a maioria dos mestres brasileiros está estressada, portadores da SPA, Síndrome do Pensamento Acelerado, que afeta também a maioria dos alunos.

Segundo ele, na Espanha as estatísticas revelam que 80% dos professores estão estressados. Na Inglaterra, o governo está tendo dificuldades para formar professores, especialmente para o Ensino Fundamental e Médio, porque poucos querem abraçar nossa profissão. No Brasil, 92% apresentam três ou mais sintomas de estresse e 41 % , dez ou mais.

“É um número altíssimo, indicando que quase a metade dos professores não deveria estar em sala de aula. Mas internada numa  clínica antiestresse”, afirma Cury.  “Os números gritam. Eles indicam que os professores estão quase duas vezes mais estressados do que a população de são Paulo, que é uma das maiores e mais estressantes cidades do mundo”, acrescenta. Em são Paulo, 22, 9% da população apresenta dez ou mais sintomas de estresse. 
        
No capítulo DESTRUÍRAM A QUALIDADE DE VIDA DO PROFESSOR, somos acariciados... “Que tipo de batalha estamos travando para que nossos nobres soldados que se encontram no front – os professores – estejam adoecendo coletivamente? Que tipo de educação é esta que estamos construindo e que vem eliminando a boa qualidade de vida de nossos  queridos mestres? Damos valor ao mercado de petróleo, de carros, de computadores, mas não percebemos que o mercado da inteligência está falindo?”  

E também nos dá um recado:  “Por favor, tenham paciência com seus alunos. Eles não têm culpa dessa agressividade, alienação em sala de aula. Eles são vítimas. Detrás dos piores alunos há um mundo a ser descoberto e explorado. Há uma esperança no caos. Precisamos construir a Escola de nossos sonhos.”

Vou tentar descrever abaixo sucintamente o que o psiquiatra chama de SPA,  Síndrome do Pensamento Acelerado:

Causada pelo excesso de estímulos proporcionados  pelos meios de comunicação (especialmente  a TV , independente do conteúdo que esteja transmitindo), que acabam gerando  uma compulsão por novos estímulos no telespectador, que  numa tentativa de aliviá-la - semelhante ao  caso das drogas químicas, lícitas ou não, onde o uso das doses tende a ser cada vez maior -  se  instala a SPA . 

Segundo Cury, há um século a velocidade dos pensamentos das crianças  era bem menor do que a atual, motivo pelo qual  o modelo de educação do passado,embora não fosse ideal, funcionava.

 Os portadores de SPA adquirem uma dependência por novos estímulos e por isto eles se agitam na cadeira , têm conversas paralelas, não se concentram,  mexem com os colegas.

 “Estes comportamentos são tentativas de aliviar a ansiedade gerada pela SPA. (...)  Pensar é excelente, pensar muito é péssimo. Quem pensa muito rouba energia do córtex cerebral e sente uma fadiga excessiva, mesmo sem ter feito exercício físico. Este é um sintoma.” 

Os demais sintomas são: déficit de concentração;  irritabilidade; sofrimento por antecipação; sono insuficiente; aversão à rotina; esquecimento; e,  às vezes,  sintomas psicossomáticos acompanham,  tais como,  taquicardia, gastrite,   dor de cabeça,  dores musculares.

 “Por que um dos sintomas é o esquecimento? Por que o cérebro tem mais juízo do que nós e bloqueia a memória para pensarmos menos e gastarmos menos energia”.

 A  SPA seria uma hiperatividade de origem não-genética,funcional. Além da TV,  com seu natural excesso de estímulos visuais, o excesso de informações também é causa da SPA. Uma criança de 7 anos tem mais informações do que um adulto de 60 anos,   há um século atrás...

Outra causa está na paranóia do consumo e da estética que dificulta a interiorização. Isto tudo excita por demais esses jovens que é claro não querem, melhor dizendo não podem, assistir impávidos às nossas preleções, se não forem das mais animadas numa sala de aula....

A intranqüilidade da mente não o permite.  A SPA compromete a saúde psíquica de três formas: ruminando o passado e desenvolvendo sentimento de culpa, produzindo preocupações sobre problemas existenciais e sofrendo por antecipação.

Como diz Cury, não basta ser um bom professor, tem que ser fascinante para transformar a sala de aula num oásis e não numa fonte de estresse. Além de conhecer a alma humana, é preciso munir-se de ferramentas pedagógicas eficientes para conseguirmos  prender a atenção do  aluno, pois caso contrário alunos e professores estarão fadados à falta de comunicação necessária para que a construção do conhecimento se processe. Pensem nisso! Namastê!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Redes de solidariedade são fundamentais para os PNE construírem suas individualidades



Gladis Maia

Do nascimento à morte, o ser humano participa de uma trama interpessoal que o molda e que ao mesmo tempo contribui para moldar a sua rede social. No início ela é constituída pela família, depois os amigos passam a integrá-la, os colegas de estudo e de trabalho e outras pessoas que formam a sociedade na qual se vive. O vínculo pode ser considerado a palavra-chave para a compreensão do conceito de rede social.

Alguns estudos sobre estas redes colocam em evidência a importância dos vínculos sociais extra-familiares na vida cotidiana dos seres humanos, em função dos traços de afinidade, que formam uma teia, unindo as pessoas. Uma rede de solidariedade é fundamental para a construção e o desenvolvimento da individualidade.

Uma rede social pessoal estável, sensível, ativa e confiável protege a pessoa na vida cotidiana, atua como agente de ajuda e encaminhamento, interfere na construção e manutenção da auto-estima, acelera os processos de cura e recuperação e aumenta a sobrevida.

É importante assinalar que a busca de melhor compreensão das vivências e relações familiares requer que se considere a cultura familiar como determinante do modo de funcionamento interno e as interações com o mundo externo.

No contexto da cultura familiar, o cuidado familial pode ser reconhecido por vários atributos, dentre os quais, de acordo com Ingrid Elsen, que cunhou a expressão cuidado familial no Brasil, cinco se destacam: a presença, a promoção da vida e bem-estar, a proteção, a inclusão e a orientação para a vida.

Ponto original da construção da rede de pertencimento do indivíduo, a família constitui uma rede de relacionamentos, um território de pertencimento recíproco, um espaço dos mais significativos para a convivência humana.
A presença compreende ações, interações e principalmente interpretações através das quais a família expressa solidariedade a seus membros.

A promoção da vida e bem-estar tem a finalidade de impulsionar, potencializar e qualificar a vida de cada um no grupo familiar e se realiza na criação de um ambiente físico e psicológico favorável às trocas afetivas e simbólicas e ao crescimento individual e grupal.
A proteção se manifesta antes mesmo do nascimento dos sujeitos, mas se efetiva em medidas que visam garantir a segurança física, emocional e social de cada um e do grupo familiar como um todo.
A inclusão visa à inserção familiar e social de seus membros. O sentimento de pertença é essencial não só à criança em desenvolvimento, mas a qualquer dos membros da família.

A convivência é considerada como uma das formas efetivas de desenvolvimento e cultivo da inclusão, não só na família como na sociedade e pode ser traduzida pelo respeito à individualidade, aceitação das diferenças, reconhecimento dos direitos de cada um, estímulo ao diálogo, entre outros aspectos.

E a orientação para a vida pode ser traduzida como um “guia internalizado” por cada um dos membros da família, na medida em que aponta para o que é considerado correto, aceitável, esperado, desejado para o indivíduo ou grupo familiar.

Muito se tem atribuído às escolas a formação integral do sujeito, esquecendo-se a importância da família e da sociedade neste processo, especialmente em tempos de inclusão, mas o desenvolvimento da personalidade e da plenitude das potencialidades de todo ser humano passa necessariamente pela presença ou ausência dos cuidados acima especificados. Nós somos essencialmente seres sociais. Pensem nisso! Namastê!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

TRIUNFO, MINHA LINDA TERRA : DAS FOTOS EM P&B À 3ª DIMENSÃO !


Estou sempre às voltas com fatos e fotos que falam da minha bela Triunfo, em todos os seus tempos.
Recentemente fui agraciada com estas valiosas fotos, pela minha prima Iara Barreto, que falam de um tempo lindo: da velha Banda Municipal, sob a regência do tio Pedro Kersting, da procissão do Bom Jesus, súper concorrida, e do vapor Porto Alegre, que nos levava para lá e para cá rio acima, rio abaixo, em longas 4 horas maravilhosas... Adoro estar perto d'água! Quando fui de mala e cuia para a Capital,no fim da década de 60, para cursar o 2º Grau no Julinho, foi nele que viajei. Saudade!






Mas não é só de saudade que se vive, a modernidade está aí pra ser vivida e apreciada, para tirarmos todo o proveito da tecnologia que dia a dia nos traz mais e mais novidades, e para recusarmos sua má ultilização. Pois foi na internet que achei essa maravilha de aplicativo, que nos permite apreciar Triunfo em 3D! Quem diria? Parece cinema!


Acessa o link abaixo que ele vai te mostrar algumas fotos de Triunfo em 3ª dimensão. Pode somente ficar assistindo, como se fosse um filmezinho ou interagir, usando o mouse, como o indicado e... Boa Viagem!

http://gladismaia.pho.to/albums/triunfo_amado/index.htm

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Boa viagem dona Nadyr, até qualquer dia!


(a que abana na foto é Nadyr Xavier Maia)

Levas contigo toda a nossa saudade, que dói muito, ao não termos mais ao nosso alcance, em carne e osso, aquela pequena-grande-mãe-sempre-presente. Na alegria e na dor!

Mas, como somos muito mais do que alguns litros de sangue e um punhado de vísceras, Mãe, estarás conosco para todo o sempre, encravada nos nossos corações e nas nossas almas.

Se houve um contratempo durante tua passagem pela Terra, seria o de não te chamares Maria, para ter sido homenageada tantas vezes, como mereces, pelos poetas que cantam com ternura e amor as mulheres que foram como tu: Maria de rezar, de prosear, de cozer, com “Z” e com “S”, de bordar, de tricotar, de cantar, de dançar, de crochetar,de lavar, acalentar, embalar, consolar, administrar, presidir, chorar, gargalhar, plantar,viajar, comerciar e fazer rir...

De herança nos deixaste, com a participação do seu Emigdio, as noções: de hombridade, honestidade, fraternidade, alegria, compaixão, celebração, profissionalismo, cidadania, amor, bem-querença e fé no presente, no porvir e no outro.

Foste uma mulher exemplável, forte sem ser rude, altiva sem arrogância e verdadeira, doesse em quem doesse!

Como poucas pessoas, acreditaste que todos somos um, iguais, feitos da mesma matéria e energia, não só perante a lei, mas na mente e no coração.

Talvez a semente que melhor tenha germinado – das tantas que plantaste – tenha sido a criação da APAE de Triunfo, em épocas pedregosas, de muito preconceito, tanto dos pais dos excepcionais, filhos tão especiais que Deus lhes confiou, que tinham vergonha dos filhos e os traziam escondidos nos seus quartos, como dos ditos “normais” que os menosprezavam. Estiveste à vanguarda da Inclusão, hoje praticada por todas as pessoas éticas, pelos politicamente corretos e lema de bandeira a meio-pau espraiada pela Educação brasileira...

Ao final da tua longa vida, às vésperas dos teus 87 anos, mesmo em meio a dores lancinantes, sempre tiveste um sorriso, uma palavra de carinho para quem te tratou e visitou - profissional ou não - durante a tua preparação para a Volta ao Lar. E a todas essas pessoas fica a nossa gratidão, o nosso respeito, a nossa admiração, o nosso reconhecimento. Obrigada Eliane, nossa secretária.

Agradecemos ao Secretário da Saúde, pelos serviços prestados com excelência e deixamos um abraço muito caloroso ao Divo, ao Miro e ao médico Samuel do PSF e sua equipe de enfermagem.

Agradecemos a todo o corpo clínico do Hospital Santa Rita, aonde fomos tão bem atendidos. Um abraço especial a dois de seus médicos: Pedrinho e Fonseca. Um beijo no coração de cada um dos anjos brancos – técnicos e enfermeiras – que sustentam com profissionalismo, tenacidade, atenção e amor o trabalho ali desenvolvido, sobrando sempre tempo, em meio às múltiplas tarefas, para uma palavra de consolo, de carinho, um sorriso, um gesto piedoso.

Obrigada a todas pessoas que fizeram suas preces por nossa mãe, junto dela ou nas rodas de orações, católicas ou espíritas. Que Deus as proteja, hoje e sempre, para continuarem fazendo o mesmo por muitos outros próximos.

Adeus mãe, aonde estiveres, em meio a Luz que temos a certeza que te cobre, olha por nós, teus filhos, netos e bisnetos.
Egidio e Francisca, Edinho e Tânia, Gladis e Cli, Beti e Beto, Karina, Tiago, Caruline e Andrezinho, Diego e Franci, Gabriela e Vicente , Duda e Renan , Nicole, Ana Carolina, Teca, Guria e o bebê que está a caminho em Floripa.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

COMO, EM PLENO SÉCULO XXI, DEIXAR DE DAR VISIBILIDADE ÀS DIFERENÇAS NA ESCOLA ?





Gladis Maia

Um dia, escola será só escola. Nem especial, nem
integradora ou inclusiva. Sociedade? Sociedade. E ponto.”
Cláudia Werneck, in Sociedade Inclusiva:
quem cabe no seu todos?, WVA, R.J., 1999.



Através da Resolução 45/91, de 1990, durante a Assembléia Geral das Nações Unidas, a ONU documentou o ideal de uma sociedade inclusiva, que, segundo esta mesma resolução, deverá ser implementada, no mundo todo, até o ano de 2010.

No Brasil, dentro destes parâmetros, a nova LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, também prevê a construção da escola inclusiva, desde o ano de 2007, juntamente com outras determinações estabelecidas pela lei em questão.

Vemos então que - no papel pelo menos - esta dívida milenar com os excluídos, de todas as categorias, começa a ser paga. A dívida da diferença entre o que a sociedade oferece e o que deveria oferecer aos seus cidadãos em termos de: Saúde, Trabalho, Educação, Comunicação, etc...

Felizmente crescem avassaladoramente no mundo todo e mesmo no nosso meio, do Iapoque ao Chuí, além das ONGs , os grupos de protagonismo juvenil, embora pouco noticiado na mídia. Muitos são os jovens que se dispõem a trabalhar voluntariamente por causas sociais, as mais variadas. Há luz no fim do túnel, apesar da escuridão gerada pela violência que também cresce formidavelmente ...

Aliás, nem sei se cresce tanto ou se é a insistência com que este tema é veiculado na mídia, que nos transmite esta impressão... Percebo que as matérias que tratam deste tema são transmitidas com muitos holofotes e lentes de aumento – objetivando talvez, além de ibope (porque o ser humano em geral adora uma tragediazinha, desde que não seja na família dele), nos atemorizar e vender grades, cadeados, armas e congêneres...

Na verdade não o soubemos com certeza, trata-se apenas da observação e de alguns estudos de intelectuais preocupados com este assunto e outros semelhantes. Mas sabemos que se as grandes organizações da comunicação social brasileira fossem mais sérias, mais responsáveis e seguissem o exemplo de centenas de rádios comunitárias, pasquins e revistas alternativas - ecológicos, digamos assim – espalhados por este país continental, seriam elas também Arauto de um Novo Tempo, Abre-alas, Porta-bandeiras dos Direitos Humanos, dos Direitos Culturais, dos Direitos Educacionais... Se constituiriam na Comissão de Frente da Vida Humana, com todas as Alas desfilando com alegria e ginga, repletas de esplendor, pois quem não tem o seu brilho próprio, mesmo que muitas vezes ofuscado pela indiferença ou pelo desprezo dos seus semelhantes?!

A construção de um mundo inclusivo não deve ser luta restrita dos excluídos e das famílias de pessoas com deficiência... A diversidade humana no seu todo e, mais especificamente a deficiência, podem, e devem, se constituir em uma estratégia catalisadora da Justiça Social e do fomento das redes de pessoas, de profissionais, de conselhos, de entidades governamentais e não-governamentais, de instituições em geral, em prol de um mundo melhor, onde reine a harmonia, a paz, o amor, o respeito às diferenças, a ética, enfim o bem-estar geral de todos.

A escola brasileira precisa deixar de refletir, de reproduzir a nossa sociedade excludente, visualizada pelos escandalosos índices de reprovação e de evasão escolar...

A escola brasileira precisa tornar-se um bem público na acepção plena do termo, ou seja, servir a todos que a procuram, sem distinção, priorizando parcerias éticas entre crianças e adolescentes em geral, reproduzindo a humanidade como ela é, em toda a sua extensão. A escola inclusiva é a saída para a crise do Sistema de Ensino Brasileiro, de índole segregacionista e competitivo.

Precisamos, enquanto educadores, nos conscientizar de que talvez a raiz desta incompetência para resolver os problemas da educação brasileira de educar para a vida, para a cidadania, esteja localizada na farsa dos contextos educacionais, à semelhança de seus conteúdos desenvolvidos e valores cultivados, tanto na escola regular, como na especial.

A vida não é assim: só doentinhos e com problemas de aprendizagem nas APAES e classes especiais, pobres e pouco inteligentes nas escolas públicas, ricos e inteligentes nas escolas particulares... A vida é tudo isto junto e muito mais, é polifônica e multifacetada!

Nós os professores, a olhar para esta sociedade preconceituosa, excludente, temos um quinhão de culpa - nada pequeno, inclusive - pois ajudamos a formar estes cidadãos de quinta categoria que aí estão, tais quais os políticos inescrupulosos que ao invés do bem público, pensam no seu próprio bem, como se os votos que receberam da população lhe outorgassem o direito de se locupletar com o dinheiro arrecadado do suor dos trabalhadores, pois estes são os que menos sonegam impostos, que se não vem descontados de sua folha de pagamento, porque o salário é minguado, mas estão em cada produto que consomem...

Formar cidadãos, enquanto estudantes, não implica necessariamente trabalhar, ensinar - e praticar- ética, solidariedade, flexibilidade, intuição, sensibilidade, criatividade, entre outros valores, aliados à técnica e ao conhecimento acadêmico?

Se não é na Escola que devemos aprender a ser cidadão, aonde é então?

As dificuldades e limitações de cada aluno (reais e temporárias - ou não) não funcionariam como estímulo para o enfrentamento dos desafios da vida comunitária que transcendem o conteúdo e os demais ensinamentos que as salas de aula mal tem conseguido proporcionar aos alunos?

É difícil? É, muito! Até porque enquanto educadores temos que nos desnudar dos nossos preconceitos, dos nossos medos e receios de falhar, de não agüentar tanta dor tão perto de nós...

Mas lembrem-se que ninguém descansa de seus talentos, muito menos de suas deficiências – e as temos às vezes em número bem significativo - portanto, a sociedade em geral, e você que me lê especialmente , não tem direito ao descanso. À luta por um mundo inclusivo!Namastê!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A porta está aberta, só não entra quem não quer ...





Visit Jazz and Bossa




Visit Compositores do sul




Visit Um sorriso na palma da mao




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Visit CAFB - Clube dos Artistas e Fotógrafos do Brasil




Visit Clube Caiubi de Compositores




Visit Mulata blase pub





Visit PROJETO DIVULGA BRASIL




Visit G-Unitfanpage



SEJAM BEM-VINDOS!
BEIJOS NA ALMA!
NAMASTÊ!
GLADIS MAIA

Deixe de lado a pretensão de conduzir rebanhos, você está aqui somente para aprender, tanto quanto os outros.




Gladis Maia

A virtude tem muitos pregadores oucos mártires. Helvécio

Embora muitos não reconheçam, ao homem sempre será dada a chance de caminhar por si mesmo, discernindo sobre as situações que o envolvem. Devemos evitar delegar poder a quem quer que seja, tomando posse de nós mesmos e evitando criar dependências desnecessárias.Da mesma forma, temos que permitir que cada um caminhe conforme escolheu, mesmo que para isso muitos tropeços surjam diante dele.

Paremos de procurar fora o que sempre esteve dentro de nós!Observe atentamente os seres que se dizem propagadores da palavra dos mestres, usando o discernimento para perceber nas atitudes diárias destas pessoas se o que dizem é o que vivem.
É tempo de repensarmos a vida e as atitudes, pois estamos aqui neste planeta apenas colhendo os efeitos das causas do que praticamos.

É tempo de agradecer a oportunidade de estarrmos aqui, abençoando e reverenciando a natureza e o meio ambiente em que vivemos.

É tempo de respeitarmos a vida em todas as suas formas manifestadas, desde um simples grão de areia, à toda a fauna e à flora e às pessoas em geral, mesmo àquelas que aparentemente incomodam à nossa caminhada.

Tudo possui uma razão de ser e uma função específica. Em lugar de ficarmos nos queixando sobre os erros do sistema governante e das atitudes das pessoas, por exemplo, é preferível que arregacemos nossas próprias mangas, para executarmos as tarefas que possam propiciar a implantação de um Novo Mundo, dando o exemplo vivo e saudável de que somos capazes de realizar o sonho que tanto almejamos, de ver a Terra povoada por seres responsáveis e íntegros.

Não desperdicemos nossas palavras e pensamentos ruminando idéias, discutindo sobre a problemática do planeta, criticando os abusos dos homens.

Discussões e críticas não promovem resultados, provam apenas que há uma disputa de poder e que provavelmente gostaríamos na verdade de ocupar uma posição de destaque saciando a sede de nosso ego de sermos também reconhecidos.

Nossa espécie está contaminada pelo “vírus acadêmico” que em todas as áreas tornou o homem um fiel servidor das forças racionais da matéria.

Desaceleremos esta força destrutiva através da prestação de serviços em todas as áreas que necessitam de ajuda, auxiliando na construção desse Novo Tempo. Há tanta terra ociosa que pode ser transformada em hortas, jardins, pomares. Há tantas pessoas que podem ensinar e aprender a dança, a música e tantos outros tipos de arte, e etc, etc.

Tornemo-nos conscientes de que a liberdade está somente em nosso coração e que se muitos colocarem o seu a palpitar pela bem-aventurança, juntos acabaremos com o poder de todos aqueles que usufruem do coletivo em benefício próprio, oprimindo os mais fracos.

Juntos implodiremos os sistemas de vida corrompidos por abusos de toda a sorte e não haverá mais necessidade de falsos profetas e mercadores do templo falando pretensiosamente em nome de Cristo, comercializando os dons que dizem possuir.

Sejamos como as formigas de um formigueiro, que em conjunto servem a um único propósito. Se os homens observassem com afinco a vida de muitos animais aprenderiam muitas lições... A natureza é o melhor mestre!

Já não é mais tempo de mártires, mas de homens que sigam a estratégia da Paz e do Amor fechando a ressonância interna das dores e dos sofrimentos e ouvindo com o coração a voz do Grande Chefe.

Qualquer manual metafísico ou de psicossomática, explica que o desejo de dominar e comandar a vida dos outros da forma como imaginamos, ignorando o respeito alheio, manipulando egocentricamente a magia das energias, criando dependência, faz nossa coluna vertebral carregar um fardo muito pesado.

Da mesma forma, as células cancerosas e os desarranjos do fígado são indicadores seguros de todo o ódio, ira, revolta e indignação nas disputas de poder. A doença não é senão o resultado das energias mal trabalhadas causando um desequilíbrio na estrutura emocional que por sua vez invade todo o ser.

É hora de aprendermos no silêncio a descortinar nosso mundo interno e nele encontrarmos a chave que abre todas as portas para a Nova Era. Somente Nele e por Ele se pode criar o reino de luz que todos esperam.

Reino sem comandos e comandados, fracos ou fortes, cargos e funções, direitos e propriedades, mas tão somente de Igualdade, Fraternidade e de Respeito Mútuo entre todos os seres, povos, raças e credos. Todo ser tem o direito à vida e à manifestação livre de suas idéias e pensamentos, portanto coloquemo-nos firmemente como a imagem e semelhança do Pai. Pensem nisso! Namastê!
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sábado, 18 de abril de 2009

Cuidado com o que sai pela boca: palavras são setas nas mãos de um arqueiro infalível e chegam sem erro ao alvo.



Gladis Maia

A força destruidora da praga ou maldição depende fundamentalmente do grau de sua
veemência odiosa e do vínculo psíquico
que existe entre a pessoa que amaldiçoa
e a que é amaldiçoada.Swami Sri Ramatis,
in Magia de Redenção.


As pessoas não imaginam, nem de longe, o valor que as palavras possuem, nos ensina Ramatis. Se o homem moderno soubesse o poder devastador que certas expressões, certas frases e “discursos”, possuem sobre a sua existência, certamente seria mais econômico no falar e cuidadoso no pensar.

A palavra lançada mescla-se com a natureza, com os pensamentos e com os sentimentos de quem a produz, formando assim o núcleo psíquico da sua intencionalidade. As suas vibrações possuem grande poder de imantação, agindo sobre o pensamento e a emoção. Uma vez lançada no ambiente, a palavra é capaz de absorver as vibrações semelhantes do entorno, autopotencializando-se.

Não é preciso ser um mago para concentrar a desgraça na palavra que maldiz o próximo. Basta ser um homem perverso! È claro que há uma diferença entre uma “praga” e maldições forjadas da "boca pra fora", coisa até de certa forma comum entre mortais, pois são instintivas... Tipo quando alguém bate com o dedão do pé numa pedra, é “fechado” no trânsito, coisas desta natureza... Porém a maldição consciente é força tão diabólica, que arrasa a vítima indefesa e massacra o seu próprio autor imprudente, diz Ramatiz.
Segundo a intensidade, a significação e o motivo pelo qual a palavra foi proferida, ela pode impregnar-se de substâncias sutis, que estão presentes em objetos, animais ou pessoas, potencializando a sua vibração interna, aumentando o efeito que originalmente se intentou produzir.

A movimentação de forças através do "verbo" é maravilhosamente criadora. E isso do que estamos falando não é “bruxaria”, “ignorância” ou “crendice”, como querem fazer crer alguns. A Física Quântica há muito vem demonstrando isto!
Além disto, a palavra pode estender seus efeitos para muito além das estruturas materiais. Ela pode constituir-se em agente mágico, sendo o instrumento de permuta de energias sutilíssimas entre os homens.

Segundo as mais antigas tradições ocultistas, o verbo é vibração perene. Conforme o propósito e a intensidade da vontade do mago, a palavra lançada produz a convergência de forças repulsivas ou atrativas.

Mas como a palavra pode desencadear maldições, tornar-se obstáculo para o progresso de indivíduos ou aglutinar energias desintegradoras e nefastas nos ambientes?

Ramatis diz que tudo é questão de vontade, sintonia e direcionamento mental. Paracelso também concordava com isso quando afirmava que através de apenas uma vontade ardente, mesmo desprovido de uma espada há quem seja capaz de ferir e matar outras pessoas.

Se considerarmos o que foi delineado acima, não custa nada seguirmos os conselhos apresentados nas cartilhas que falam do poder das palavras em nossa vida diária e que nos alertam:

Cuidado com a palavra NÃO. A Frase que contém NÃO, para ser compreendida, traz à mente o que está junto com ela. O NÃO existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo: pense em NÃO... Não vem nada à mente, não é? Agora, se eu disser, não pense na cor vermelha... Você provavelmente pensou! Então, procure falar somente o que quer e não o que não quer.

Cuidado com a palavra MAS, que nega tudo que vem antes. Por exemplo: O Pedro é um rapaz inteligente, esforçado, MAS...". Substitua o MAS por E, quando for indicado.

Cuidado com a palavra TENTAR, que pressupõe a possibilidade de falha incluída. Por exemplo: "Vou tentar encontrar com você amanhã às 8 horas". Em outras palavras: Tenho grande chance de não ir, pois vou "tentar". Evite TENTAR, FAÇA!

Cuidado com NÃO POSSO ou NÃO CONSIGO, que dão idéia de incapacidade pessoal. Use NÃO QUERO, NÃO PODIA ou NÃO CONSEGUIA, que pressupõe que vai conseguir, que vai poder.

Cuidado com as palavras DEVO, TENHO QUE, PRECISO que pressupõem que algo externo controla a sua vida. Em vez delas use: QUERO, DECIDO, VOU.
Fale dos problemas ou das descrições negativas de si mesmo utilizando o VERBO NO PASSADO. Isto libera o presente. Por exemplo, "Eu tinha dificuldade em fazer isto..."

Fale das mudanças desejadas para o futuro, utilizando o TEMPO PRESENTE DO VERBO. Por exemplo: em vez de dizer "Vou conseguir", diga: "Estou conseguindo".

Substitua o SE por QUANDO. Por exemplo: em vez de falar "Se eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar", fale "Quando eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar".

Substitua ESPERO por SEI. Por exemplo: em vez de falar "Eu espero aprender isso", diga "Eu sei que vou aprender isso". ESPERAR suscita dúvidas e enfraquece a linguagem.

Substitua o CONDICIONAL pelo PRESENTE. Por exemplo: Ao invés de dizer "Eu gostaria de agradecer à presença de vocês", diga "Eu AGRADEÇO a presença de vocês". O verbo no presente fica mais forte e concreto.
E lembre-se: sermões e críticas provocam distância e ressentimento. Sempre! Orientar é diferente de criticar e culpar. As pessoas aprendem mais com o elogio do que com a crítica. As palavras de elogio porém, devem refletir uma imagem realista de realizações, o reconhecimento do esforço, respeito e compreensão.

Todas as palavras devem ser sempre verdadeiras e congruentes com os sentimentos. É preciso lidar sempre com os sentimentos associados às palavras.

Ter paciência é fundamental, isto não significa esconder os sentimentos, nem mesmo a raiva. É possível expressar o desagrado sem rótulos ou acusações.

Respeito é fundamental, mesmo quando nosso semelhante faz ou diz algo errado, ou politicamente incorreto.Lembrem-se que há adultos que não esqueceram ainda que foram chamados na meninice de gordos, feios, burros e outros adjetivos pejorativos pelos pais ou professores.... Pense nisso! Cuidado com suas palavras que elas acabam atingindo todo mundo, pois afinal somos todos um! Sei que nos veremos! Namastê!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Você conhece a Lei do Menor Esforço?



Gladis Maia

Assim como eu, muitos de vocês devem ter sido educados para repudiarem a Lei do Menor Esforço, como se ela fosse um modo de ser de vadios, de preguiçosos, não? Mas eis que noutro dia ela me foi apresentada como algo muito precioso, no livro As Sete Leis Espirituais do Sucesso, de Dupaac Chopra. Acompanhem-me na abordagem!Há três maneiras para colocarmos em prática um dos seus princípios: ‘faça menos e realize mais’.

O primeiro explicita que devemos cultivar a capacidade de aceitação. Isto requer apenas que estabeleçamos a seguinte regra: ‘Hoje vou aceitar as pessoas, as situações, as circunstâncias e os acontecimentos tais como eles ocorrerem.’

Isso significa que esse momento pelo qual estou passando constitui a soma de todos os outros vividos no passado. E ele é como é, porque todo o universo é como é. Quando lutamos contra um momento, estamos de fato lutando contra todo o Universo.

Quando nos sentirmos frustrados ou aborrecidos com uma pessoa ou situação, devemos lembrar que na realidade a reação não é contra a pessoa ou a situação, e sim contra – ou a favor – dos nossos sentimentos acerca da pessoa ou da situação.

E se conseguirmos aceitar as coisas como elas são, encontramo-nos preparados para nos responsabilizarmos por esta situação e por todas as outras que nos parecem problemas.

Isso nos conduz ao segundo componente da Lei do Menor Esforço: responsabilidade. O que significa responsabilidade? Significa não culpar ninguém, nem a si mesmo, pela sua situação.

Depois de termos aceitado determinada circunstância, ocorrência, ou problema, a responsabilidade significa a capacidade de termos uma resposta criativa à situação tal como ela se apresenta no momento.

Se conseguirmos isto, todas as famosas situações problemáticas poderão tornarem-se uma oportunidade para a criação de coisas novas e boas, e todas as pessoas atormentadoras e tiranas nos servirão para aprendermos mais a realidade e interpretá-la.
Sempre que tivermos um adversário lembre-se de que todos significam a mesma coisa e recordemos o princípio: 'Este momento é aquilo que deveria ser.’ Sejam quais forem as relações que tenha trazido para a sua vida, serão sempre aquelas de que necessita no momento que passa. Há um significado oculto por trás de tudo o que acontece, e esse significado oculto serve à nossa evolução.

O terceiro componente da Lei do Menor Esforço é o distanciamento, o que significa que o seu conhecimento deve se estruturar através do distanciamento e que deverá renunciar à necessidade de convencer ou persuadir os outros dos seus pontos de vista.

Se observar as pessoas à sua volta, verá que elas passam noventa e nove por cento do tempo a defender os seus pontos de vista. Se renunciar à necessidade de defender os seus pontos de vista, por meio dessa renúncia ganhará acesso a imensas quantidades de energia que antes tinham sido desperdiçadas.

Quando nos tornamos defensivos, culpabilizamos os outros e não aceitamos nos render ao momento presente, nossa vida encontra resistência. Sempre que encontrar resistência, o melhor é reconhecer que se forçar a situação, apenas aumentará a resistência.

Não devemos nos manter rígidos como os altos carvalhos que a tempestade quebra e derruba. Em vez disso, vamos ser flexíveis como o junco que dobra durante a tempestade, mas se mantém íntegro.

Analogamente, outra aparente antítese está relacionada a “Lei do Desprendimento” que diz-nos que para adquirirmos qualquer coisa no universo físico temos de renunciar à nossa ligação a ela. Não devemos desistir da intenção, nem devemos desistir do desejo. Devemos desistir da nossa ligação ao resultado.

Tudo o que quisermos pode ser adquirido através do desprendimento, já que este se baseia na fé inquestionável, no poder do nosso verdadeiro Eu. A ligação ao resultado baseia-se no medo e na insegurança - e a necessidade de segurança baseia-se no fato de não conhecermos o nosso verdadeiro Eu. A fonte de riqueza, de abundância ou de qualquer outra coisa do mundo físico encontra-se no Eu; é a consciência que sabe como realizar todas as necessidades. Tudo o mais constitui um símbolo: carros, casas, contas bancárias, roupas e aviões.

A ligação direcionada ao resultado significa consciência da pobreza, pois esta presa aos símbolos. O desprendimento significa consciência da riqueza, pois ele traz-nos a liberdade para criar. Só com um envolvimento desprendido se pode obter alegria e prazer. Só assim obtemos os símbolos de riqueza, com espontaneidade e sem esforço. Sem o desprendimento, tornamo-nos prisioneiros de necessidades mundanas desesperadas e impossíveis, preocupações triviais, desespero passivo e tantas outras tristezas ... Pense nisso! Namastê!

domingo, 15 de março de 2009

Crie Saúde planejando, fazendo ou recordando, as coisas que mais gosta, mande a doença procurar alguém sisudo.


Gladis Maia

Da mesma forma como represar um rio causa inundações, lama, água parada e mau-cheiro, obstruir o movimento da energia no corpo humano causa a doença. William Bloom

Autor de diversos livros, entre eles “Proteção Psíquica” e “Tempos Sagrados: Ritos de Passagem e Festivais Sazonais”, o escritor inglês William Bloon, nos ensina a compreender o princípio energético que atua em diversos aspectos da nossa vida. Estar doente, por exemplo, pode até ser comum, mas não é normal.

O normal é ter saúde, disposição, bem-estar, as funções orgânicas em ordem e equilíbrio. Saúde é conseqüência natural do perfeito fluxo de energia no corpo humano - a mesma energia que faz uma árvore nascer da semente, crescer, dar frutos e viver muitas décadas é a que permeia nosso corpo e envolve nossa vida.

O que bloqueia essa força que nos sustenta é algo tão "invisível" quanto ela mesma: os sentimentos. De acordo com Bloom, desde bebês, vamos experimentando situações que julgamos ameaçadoras para a nossa segurança ou contrárias à nossa vontade. Começamos a criar resistências emocionais para aquilo que não queremos ou tememos. "É como se construíssemos uma couraça para nos proteger, mas é justamente ela que acaba obstruindo a energia".

Para exemplificar como isso funciona, o escritor conta a história do próprio pai, que foi três vezes operado de câncer no cólon. "Ele era um intelectual agressivo, que impunha suas idéias às pessoas; de tanto irritar-se com o que considerava burrice dos outros, acabou adoecendo." Durante o tratamento, sentindo-se fragilizado e carente, parou de discutir. Assumiu um comportamento mais passivo e amoroso que amoleceu sua couraça. "Meu pai então recuperou-se rapidamente, mas assim que ficou bom, voltou a ser agressivo", lembra. Como resultado, o câncer reapareceu.
A história, que repetiu-se ainda duas vezes, deixa algumas lições. Primeira: a doença é uma maneira de o corpo avisar o dono que ele precisa, urgentemente, relaxar. Segunda: o princípio de toda cura é permitir que a energia flua. Terceira: a energia é, simplesmente, o Amor. É nessa linha de pensamento que William Bloom baseia sua prática para a manutenção da saúde. Ele fala que precisamos criar situações que possam derreter a nossa couraça, deixando-nos mais amorosos e receptivos. O ponto principal de sua receita é simples e bem atraente: fazer, todos os dias, alguma coisa que nos dê muito prazer.

Como explica o escritor, quando fazemos o que gostamos, somos autênticos, estamos conscientes de nós mesmos e temos sentimentos de poder e de serenidade, tais quais os que criamos ao ouvir música, dançar, brincar com crianças, praticar algum esporte, acarinhar um cãozinho no colo... Quando permitimos que as sensações agradáveis tomem conta de nós duas coisas maravilhosas acontecem: uma é que o corpo produz endorfina, substância mil vezes mais poderosa do que o ópio e que é componente fundamental de qualquer cura. A outra é que, com o derretimento da couraça, abrimo-nos ao fluxo de energia do Universo.

Em assim vivendo, satisfeitos e felizes, a energia nos torna generosos e carinhosos com os outros, deixando-os também felizes. O efeito é altamente contagioso. Bloom afirma que, fazendo isso pelo menos uma vez ao dia, podemos ter muito mais saúde. A simples lembrança do que nos dá prazer alivia o stress causado por situações de que não gostamos.

Se uma pessoa que aprecia a natureza tem um dia difícil no trabalho, por exemplo, basta isolar-se por alguns instantes, fechar os olhos e visualizar-se num parque. "A mente subconsciente não faz diferença entre o que é real ou imaginário; assim, a pessoa se acalma", ensina ele.

Bloom nos presenteia com um conjunto de práticas muito simples para a manutenção da saúde:

1) faça uma lista de pessoas, lugares e atividades que você ama. Mantenha imagens ou fotos deles por perto - no trabalho, em casa, no carro.
2 ) todos os dias, dedique-se a alguma coisa que lhe dê muito prazer fazê-lo, nem que seja por um minuto, é melhor do que nada.
3) liste as memórias que lhe deixam feliz.
4) quando estiver com baixo-astral, feche seus olhos e reviva situações agradáveis por que passou e deixe-se envolver pelas emoções que elas evocam.
5) ao andar pela cidade, mesmo que o trânsito esteja ruim, lembre-se que além dos prédios e ruas há montanhas, florestas e rios e que o amor da natureza está por toda parte.
6) antes de dormir e ao levantar-se, focalize a atenção no corpo, agradeça-lhe amorosamente pelo serviço que ele lhe presta e se ele tiver alguma tensão ou dor, toque-o e conforte-o.
7) quando estiver cansado ou doente, proporcione repouso ao seu corpo.8) Esforce-se para ser gentil. Ao irradiar energia positiva e amorosa, você permite que energia da mesma qualidade o abençõe.


Se você é pessimista, descrente, acha tudo isto uma bobagem, está precisando mais do que ninguém de seguir os conselhos de Bloom. Até porque é de graça,e, se bem não lhe fizer, mal por certo não lhe fará. Sucesso! E para quem gostou, não custa acrescentar mais alguns hábitos saudáveis à sua longa vida saudável, por certo!Pelo menos pense nisto! Namastê!

sexta-feira, 13 de março de 2009

A respiração leva ao movimento, principal veículo para a expressão dos sentimentos




Gladis Maia

Todos os homens têm direito à vida, à liberdade e a busca da felicidade. Thomas Jefferson

A maioria de nós respira mal, ao invés de inalar e expirar profundamente, respiramos superficialmente. Temos uma certa tendência a prender a respiração em qualquer situação diante de um estresse ou até mesmo em situações simples como ir ao dentista, escrever um texto, esperar para ser recebido para uma entrevista ou consulta... O resultado disto é que a tensão aumenta!

A respiração profunda tem um efeito relaxante e qualquer um que a pratique conseguirá organizar melhor os pensamentos, inclusive diante de uma prova difícil, de qualquer natureza... É muito estranho que a maioria dos médicos e terapeutas não leve em conta a importância de uma respiração correta para a saúde física e mental e não atribua a queixa comum de seu pacientes, de cansaço e exaustão como conseqüência de uma má respiração...

A pessoa saudável respira com todo o seu corpo, ou mais especificamente, seus movimentos respiratórios se expandem profundamente através de seu corpo. A respiração profunda carrega o corpo e, literalmente, faz com que tenha vida!

O interessante - ou triste - é que podemos até reconhecer que o ritmo estonteante de nossas vidas não nos permite respirar... A bionergética recomenda que quando a respiração se torna difícil, devemos abandonar tudo o que estamos fazendo para novamente voltarmos a respirar com facilidade, afinal respirar é um caso de vida ou morte. Se não fizermos isto desde cedo, quando estivermos envelhecendo, só nos restará constatar que essa função como tantas outras funções vitais se deteriorou por não ter sido usada adequadamente.

Alexander Lowen, fundador da bioenergética diz que as pessoas respiram mal por que a respiração cria sensações e as pessoas têm medo de senti-las. Temos medo de sentir tristeza, raiva, dor ... Explica que provavelmente quando crianças, segurávamos a respiração para não chorarmos, puxávamos os ombros para trás, pressionando o peito para conter a raiva, manobras que acabam limitando a respiração. E o pior é que esta forma de respirar virou vício.
Para Lowen, a depressão e a fadiga são resultados diretos de uma respiração deprimida. Em vez de brilhar com a vida, a pessoa com má respiração é fria, inerte, mórbida. Não tem calor nem energia. Sua circulação é afetada diretamente pela falta de oxigênio.

Ninguém desconhece que as emoções fortes estimulam e fazem a respiração tornar-se mais profunda. E o inverso é verdadeiro, a estimulação da respiração e as inspirações profundas podem trazer à superfície emoções fortes. Veja-se os suspiros que damos quando choramos nossas dores.

A incapacidade de respirar plena e profundamente é também responsável pelo fracasso em conseguirmos uma satisfação sexual. A respiração inadequada provoca ansiedade, irritabilidade e tensão e encontra-se subjacente em vários sintomas como na claustrofobia e na agorafobia. Se a dificuldade é grave, pode levar ao pânico ou ao terror.

Outra coisa que deveria ser evidente, especialmente para os profissionais que tratam de nossa saúde, é que a personalidade se expressa através do corpo, tanto quanto através da mente. Não se pode dividir alguém em mente em corpo. Apesar dessa verdade, todos os estudos de personalidade têm se concentrado apenas na mente e, de certa forma, negligenciado o corpo.

O corpo de uma pessoa conta muito. Dependendo da sua postura, do brilho dos olhos, do tom da voz, da posição do maxilar, dos ombros e da boca, da facilidade em se movimentar e da espontaneidade dos seus gestos, ficamos sabendo não só o que ela é, mas também se ela está aproveitando a vida ou está triste e constrangida... Podemos até fingir que não reparamos nessas expressões da personalidade do outro ou o que fala nosso próprio corpo, porque a verdade pode ser dolorosa, mas bloquear essa dor irá fechar a porta para a possibilidade do prazer. E sem prazer não há saúde, quanto menos felicidade... Pensem nisto! Namastê!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A ciência sem a religião é manca e a religião sem a ciência é fanatismo, propagava Einstein.



Embora, desde 1988, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tenha incluído o bem estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado dos aspectos físico, mental e social, infelizmente, as Faculdades de Medicina e Psicologia ainda desconsideram a existência do espírito, da alma, essência divina ou outra expressão que nomine nosso verdadeiro Eu Superior.

Somos seres que possuímos além do soma (corpo físico), os corpos: emocional, mental, psíquico, espiritual, astral e etérico. Não sou eu que o digo, há milênios, muitas ciências e matérias tratam disso, em várias culturas.
Sempre - e especialmente em nossos dias, quando prolifera enormemente o número de pessoas acometidas de distúrbios nervosos, que não escolhem idade, sexo, classe social, raça ou cultura para se desenvovlerem - os ditos doentes mentais deveriam ser tratados em toda a sua plenitude, de uma forma holística. Mesmo que outrora os assim chamados loucos tenham sido trancafiados em suas casas ou nos hospícios, nada mais justifica os rótulos que só fazem segregar e não auxiliam na cura.

Atire a primeira pedra quem não se sentir meio louco ou não tiver no seio de sua família – inclusive entre psiquiatras e psicólogos - pessoas acometidas de depressão, síndrome do pânico, neurose, paranóia, psicose, esquizofrenia, etc.

Os portadores do transtorno do pânico, que ocorre em paralelo a vários l sintomas físicos, costumam passar por uma verdadeira via-crúcis em busca da cura de seu problema. Em muitos casos, o paciente pode achar que está enlouquecendo ou prestes a morrer. A partir da ocorrência da primeira crise o paciente pode entrar num círculo vicioso no qual o medo de ter uma nova crise precipita outra, sucessivamente.

Tratados com antidepressivos e ansiolíticos, que criam dependência e não passam de meros paliativos - pois a suspensão das drogas implica na eclosão de outra crise – seus portadores têm ainda que arcar com seus desagradáveis efeitos colaterais. Desta forma, temos que convir que não basta através da medicação só restabelecer o equilíbrio bioquímico do cérebro! É necessário combater a causa verdadeira do problema.

Em verdade, a medicina tradicional aponta as alterações bioquímicas do cérebro, como a “causa” da síndrome do pânico. No entanto, ela não explica o quê provoca esse desequilíbrio bioquímico, por se estruturar numa visão puramente organicista do ser, nos fenômenos físico-químicos, sem identificar as causas mais profundas que levam uma pessoa a ter uma crise desta natureza. É preciso ver o ser humano em sua totalidade, não apenas do ponto de vista orgânico. É preciso tratar o ser como um todo: mente, corpo e espírito!

Temos a convicção de que a Síndrome do Pânico é uma enfermidade da Alma que vem afetando em nossos dias de 2 a 4% da população mundial.

Embora esse transtorno possa ser também associado ao flagelo da modernidade, com suas situações de stress, estafa, nervosismo, ansiedade e insegurança decorrentes do desemprego, da pressão no trabalho por resultados, da perda do poder aquisitivo, da vida excessivamente atribulada, a mortes de entes queridos, aos conflitos conjugais seguido de separação, doenças... Mas estes eventos funcionam apenas como um desencadeador de acontecimentos psicológicos traumatizantes!

O que se tem descoberto, através de terapias alternativas – e que tem dado resultados altamente positivos - os sintomas são geralmente oriundos de experiências dolorosas em existências passadas, normalmente associados à uma morte traumática, como descreve a Terapia das Vidas Passadas.

Os sintomas da crise no agora, na verdade seriam os mesmos ou similares aos experimentados pelo paciente no momento de sua(s) morte(s) em outras vidas. Os asmáticos, por exemplo, geralmente descrevem durante o tratamento - e cura - a causa da sua moléstia, como o fato de terem tido mortes por afogamento ou incêndio.
O Pânico também pode ser ocasionado pela interferência de um espírito obssessor (espírito desencarnado) e nesses casos, muitos dos sintomas físicos do paciente - aperto no peito, angústia, náusea, calafrios, sensação de falta de ar, etc. - não lhe pertencem, são sintomas da entidade espiritual que o está obsediando.

Quem crê ou é levado ao tratamento alternativo por alguém que crê, tem conseguido resultados formidáveis.Felizmente começam a ser publicados artigos, reportagens, matérias amplas e específicas, veiculadas pelos meios de comunicação científicos e de massa, livros, discos, filmes, que vem dando conta desse outro lado da loucura, assim como a divulgação e testemunhos - em fitas cassetes e cds - das sessões terapêuticas de regressão a outras vidas! Há muita gente séria trabalhando com isso, no mundo todo! Médicos famosos por sua competência e ortodoxia, de repente obtém a prova da existência da espiritualidade e mudam totalmente sua maneira de clinicar - ver e viver a vida - tais como o notável psiquiatra americano Brian Weis, cujos livros a respeito do assunto tornaram-se best sellers no mundo todo. Ainda é tempo de você, deixar seus preconceitos de lado e também se dedicar ao assunto!

Gladis Maia

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Não se aborreça com os outros,seja livre e respeite a liberdade de todos.




Gladis Maia

Tome conta do seu Universo, areje seu caminho, reinvente um jeito mais descontraído e alegre de ser.Resignifique sua forma de interpretar a vida. [Wilson Francisco in Desfazer Bagagens,para resignificar a Vida.]


A importância que nos concedemos em cada uma das coisas que fazemos, dizemos ou pensamos, embaça os nossos sentidos e nos impede de perceber a vida de forma clara e objetiva. Como diz Castañeda, somos como pássaros atrofiados: nascemos com todo o necessário para voar, mas ficamos, permanentemente, dando voltas obrigatórias, em torno de nosso ego.

A corrente que nos aprisiona é a importância pessoal! Devíamos pegar uma cartolina e fazer um cartaz bem grande, com a seguinte frase: “A importância pessoal mata!” e pendurá-lo num lugar privilegiado para que pudéssemos ler a frase, diariamente, e passar a se lembrar dela no trabalho, na rua, nas festas ...

Para combater a importância pessoal, o primeiro passo é saber que ela está ali, em “carne e osso”. Reconhecer seus subterfúgios, já é meio caminho andado. Ela se alimenta de nossos sentimentos, que podem ir do desejo de estar bem e ser aceito pelos outros, até a arrogância e o sarcasmo. Sua área de ação favorita, no entanto é a compaixão por si mesmo e pelos demais.

Por causa da importância pessoal, estamos cheios de rancores, invejas, medos, culpas e frustrações. Felizmente, esta tal importância pessoal tem um ponto fraco: depende do reconhecimento para subsistir, se não lhe dermos importância ela se acaba.
Quando aprendermos a deixar a importância pessoal de lado, o espírito se abre jubiloso, como a ave que é posta em liberdade.

Viva plenamente e deixe os outros viverem!De preferência feliz! Nossa vida é 100% de nossa responsabilidade!Só estamos aqui por que antes houve um projeto de vida, baseado no desenvolvimento e livre-arbítrio de cada um de nós.

Não há carrascos ou vítimas nesse nosso planetinha tão rico e diverso, em todos os sentidos. Há experiências e aprendizados, por mais dolorosos que sejam, foi o próprio sujeito que escolheu! É a escolha do caminho do amor ou da dor!Opção totalmente nossa!

Mas temos que ter em mente que podemos mudar como é que queremos aprender - a qualquer tempo - desde que não comprometamos o conteúdo do nosso planejamento. Merecemos todos nos dar a oportunidade de, mais conscientes, renascermos e mudarmos o formato do aprendizado, se está muito complicado, imbricado.
A opção é o Amor, e, em sua graça, passamos a usar a cabeça para lidar conosco mesmos e o coração para lidar com os outros, na eterna aprendizagem do amor.

Será que alguém excessivamente preocupado pela sua segurança, por ganhar dinheiro para garantir a sua subsistência, ter um abrigo contra as intempéries e roupa para se proteger do frio e comida para comer pode amar? Talvez não, por ser ou estar demasiado, preocupado com as suas próprias necessidades vitais.

Por outro lado, sabemos que há pessoas que mesmo tendo essas necessidades satisfeitas, continuam obcecadas pela sua segurança. O medo de lhes faltar algo lhes faz acumular bens de modo insaciável. Indivíduos assim, geralmente estabelecem relacionamentos com a finalidade básica de nutrir a sua possessividade, jamais para amar.

Felizmente existem pessoas que conseguiram ultrapassar estas manifestações de egoísmo e egocentrismo e que vivem em estado de amor. Para elas tudo o que acontece ao seu redor têm um caráter sagrado e maravilhoso. A cada instante são sensibilizadas por pequenos detalhes da vida cotidiana: o passarinho que canta; uma troca de sorrisos com um transeunte; um gesto de carinho para um menino da rua; a solidariedade num mutirão.

Para estas pessoas a alegria de viver é ilimitada. Este estado de amor desperta e acompanha uma capacidade criativa impar; nada de condicionamentos e de atos automáticos; tudo se renova, a sua criatividade e amor se transformam em verdadeira compaixão, pois se colocam a serviço de aliviar o sofrimento e dar alegria a todos os seres. Os desta espécie são poucos ainda, mas estão aumentando e estes sim são os verdadeiros cidadãos!

Na verdade, sempre é tempo de recomeçar, de refazer os planos, de relembrar os sonhos, de reabrir os caminhos tortos desta busca sagrada: a loucura da alegria de viver neste planeta, pautada naquilo que realmente tem importância. Pensem nisso!