domingo, 22 de junho de 2008

Veja o mundo pelos olhos de uma criança, como se fosse pela primeira vez, e subitamente descobrirá que está livre.



Gladis Maia

Quando eu descobri quem eu realmente era eu descobri que eu não
estou na mente, mas a mentesou eu; eu não estou no corpo, mas o corpo sou eu; eu não estou no mundo mas o mundo sou eu, curvado de volta dentro de mim eu me crio de novo e de novo.
Rishis, in literatura védica.

O médico indiano, Deepack Chopra, um dos mais famosos praticantes da medicina alternativa nos EUA, autor de diversos livros, entre eles “As Sete Leis Espirituais do Sucesso” , “A Cura Quântica” e “Sentir-se Bem faz Bem a Você”, traduzidos em 25 idiomas, comenta que normalmente pensamos em nós como um corpo físico que aprendeu como pensar. Uma espécie de ego encapsulado na pele que está confinado num saco de carne e osso onde passamos o tempo de uma vida espremido. Isto porque costumamos interpretar a realidade através dos nossos sentidos, que nos dão uma idéia não muito acertada da realidade.

Nossos sentidos erram quando nos dizem que a terra é plana... Erram quando nos dizem que o chão no qual pisamos está parado.... O que nós chamamos realidade é apenas o resultado de uma coleção de nossas experiências subjetivas. Aquelas com as quais concordamos, chamamos de "ciência objetiva". Mas Ciência não é um método para explorar a verdade, é apenas um método de explorar o mapa daquilo que nós pensamos que é a verdade.

Outra inverdade é pensarmos o corpo como uma estrutura congelada. Ele - como tudo mais na criação - é um rio de inteligência, energia e informação que está constantemente se renovando durante cada segundo desta existência. Ao cada minuto estamos renovando nossos corpos, que não é o mesmo de 20 minutos atrás. Segundo Chopra, ao inalarmos absorvemos 1022 átomos do universo, uma quantidade astronômica de material cru que vem de todos os lugares e termina como estrutura celular renovada do corpo. A cada expiração, largamos 1022 átomos no universo, que têm sua origem em todos os lugares dentro do corpo. Nós respiramos literalmente uns aos outros... Tecnicamente falando, nós estamos compartilhando intimamente nossa estrutura interna uns com os outros o tempo todo.

Chopra nos diz que a média dos humanos pensa mais ou menos 60.000 pensamentos por dia. O que é desconcertante é que mais ou menos 95% dos pensamentos que tivemos hoje são os mesmos que tivemos ontem. Os humanos se tornaram "bandos de reflexos condicionados" constantemente reestimulados e provocados pela mídia, pessoas e circunstâncias nos mesmos eventos quânticos, eventos bioquímicos, resultados comportamentais e experiências de vida. Nós nos tomamos vítimas da mesma repetição das nossas memórias obsoletas.

O médico com uma metáfora compara nosso corpo a um edifício que permite que mudemos cada tijolo uma vez ao ano. Você se perguntará se estamos sempre reconstituindo o corpo inteiro, por que é que fulano tem um reumatismo crônico, beltrano uma dor nas costas, etc... Ele nos diz que isto acontece através da resposta condicionada e do apego ao conhecido (memória). Nós engendramos os mesmos eventos quânticos através da nossa própria auto-interação e ficamos tendo o mesmo resultado. Mas não é necessário que assim continue acontecendo. Podemos nos livrar das doenças, mesmo as ditas crônicas...

Escravidão não é outra coisa, senão ver o mundo através da camuflagem de idéias pré-concebidas, noções, expectativas, interpretações, rótulos, descrições, definições, avaliações, análises e julgamentos. O médico explica que se pudéssemos ver o mundo sem julgamento, nós o veríamos como uma criança - fresco, com infinitas possibilidades, todas contidas num Eterno Continuum. Ele nos diz que precisamos nos libertar do conhecido, de nossas memórias desagradáveis. Precisamos pular no Desconhecido a cada segundo das nossas vidas, porque o Conhecido não é outra coisa senão padrões rígidos de condicionamento do passado - memórias e pesos do passado. O Conhecido está dentro da consciência temporal. A consciência temporal é a consciência da Auto-Imagem.

Através da nossa própria interpretação nós abandonamos o Self (nosso verdadeiro eu) pela Auto-Imagem. A Auto-Imagem não é nada mais do que uma máscara social, o verniz de proteção através do qual nos escondemos e tem somente um objetivo: reforçar a nós mesmos o tempo todo.

Neste momento, em nossos corpos físicos temos mais de um milhão de átomos que já estiveram no corpo de Cristo, de Maomé, de George Bush e todo mundo que alguma vez existiu. De acordo com os estudos dos isótopos radioativos, regeneramos quase todo o corpo em um ano.Os 98% de todos os átomos do corpo são substituídos em menos de um ano. Segundo o autor, fazemos, literalmente, um fígado novo a cada seis semanas, uma nova pele a cada mês, um novo estômago a cada cinco semanas, um novo esqueleto a cada três meses... Portanto, se eu pensar que sou o meu corpo físico, terei no mínimo um problema: de qual corpo estamos falando? Estamos constantemente vivendo a morte física do nosso corpo!

Precisamos ultrapassar nossa consciência temporal e encontrar nosso Self, nossa Consciência Sem Tempo. Para além do corredor do tempo-espaço, energia e matéria! Totalmente concentrados no Presente! Quando uma pessoa escapa dos mecanismos da racionalidade, ela escapa da prisão do condicionamento tempo-espaço-causa e passa a agir para além do Intelecto, começando a fazer escolhas acertadas. Aquele que faz a escolha – em cada um de nós - está entre os espaços entre os nossos pensamentos. Nosso EU VERDADEIRO está esperando para comunicar-se conosco, tipo o pensador atrás dos pensamentos. Não o deixemos esperar...

Um comentário:

Valdair Albuquerque disse...

e ai Gládis, tudo bem? legal mesmo você ter criado um blog! era o que estava faltando... tenha certeza que estarei sempre acompanhando tuas feitas!!! um super mega abração pra ti!