segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O Amor estimula a nossa criatividade insuflando o nosso entusiasmo pela vida e inspirando a nossa alma poética.




Gladis Maia


Onde há Amor é impossível a violência, o terrorismo e as guerras. Despertemos a todo instante o amor no nosso coração para todos os seres viventes. É a melhor contribuição que podemos dar para a nossa humanidade sair do atoleiro em que está enleada!
Pierre Weil


O Amor foi progressivamente abafado por quatro mil anos de dominação dos homens, que limitaram a participação das mulheres à família e ao lar, o que implicou na repressão dos valores femininos encontráveis neles e no próprio Amor. A nossa cultura machista está na raiz do desenvolvimento extremo das qualidades intelectuais, mais particularmente da Razão, que leva ao domínio absoluto da Ciência e da Tecnologia e limita a Educação ao puro Intelecto.
Os valores do Coração e do Espírito são desprezados e relegados à Religião! Homens e mulheres cindiram Razão e Coração! Chegamos ao extremo da aplicação ‘racional’ da Ciência, via Tecnologia, fabricando, descontroladamente, armas para a matança de seres indefesos no terrorismo ilegal, nas guerras legais, tanto faz. As empresas usam a Tecnologia tanto a serviço de valores construtivos como destrutivos, contanto que o resultado implique em lucro.
O advento do movimento feminista levou as mulheres à saírem do lar para trabalhar fora e com elas, progressivamente, os valores afetivos chegaram à empresa e ao trabalho humano em geral. À preocupação masculina exclusiva de ‘Efetividade’, começa a se integrar, harmoniosamente, o valor feminino da Afetividade. Ao foco exclusivo na produção está se acrescentando, paulatinamente, um interesse cada vez maior pelas pessoas e pela qualidade de vida de cada funcionário.
Esperamos que com o ingresso da mulher na Política, o Amor e a preocupação pelo ser humano se tornem cada vez mais pontuais na gestão das sociedades. O futuro desta gestão se acha, certamente, num reencontro do masculino e do feminino em cada um de nós, sejamos homens ou mulheres.
A falta de Amor à Natureza vem causando um caos galopante através da destruição ecológica. Tirar o Amor da vida humana é ameaçar a vida do Planeta. Nossos atos impensados e ausentes de amorosidade têm nos levado a um suicídio progressivo, que já começou.Quando não são as guerras, as hecatombes e a vil exploração do seres humanos por outros semelhantes, é a natureza que vem galopantemente respondendo aos maus tratos que recebeu através dos séculos...
Por outro lado, é muito pobre a visão que homens e mulheres têm de si mesmos, principalmente as mulheres. O cerne da dificuldade dos homens entenderem as mulheres e vice-versa está na nossa dificuldade de lidar com as diferenças, por que elas sempre provocam uma tendência a comparações. O curioso nas comparações entre homens e mulheres é que quase todos eles se sentem por baixo, inferiores a elas, embora transpareça o contrário. Trata-se de um mecanismo para encobrir o verdadeiro sentimento de inferioridade, explica a Psicologia.
Várias pesquisas em torno do assunto vêm demonstrando que as mulheres variam mais quanto a este aspecto e pelo menos uma boa metade acha a condição feminina mais favorável.
As mulheres parecem portadoras de uma multiplicidade que nem elas próprias entendem. Os homens as invejam porque consideram que elas teriam uma enorme facilidade para o sexo casual, já que estão sempre sendo paqueradas por alguém. A maior parte das mulheres não se interessa por isso, apesar de adorarem se exibir e atrair olhares.
Parece que o prazer exibicionista é suficiente para as mulheres, o que não faz o menor sentido para os homens.Outras têm medo de sua exuberância sexual e tratam de se deformar: engordam demais justamente na mocidade e descuidam de outros elementos de sua aparência.
A maioria das mulheres busca mesmo é o sexo associado ao amor e faz, cada vez mais, o discurso pela igualdade que pede o sexo sem compromisso. Isso justamente quando os homens jovens estão se desinteressando disso.
As pesquisas também apontam que os homens de mais de 35-40 anos, continuam a manifestar todos os comportamentos tradicionais de machismo agressivo ou de reverência intimidada diante das mulheres – próprio dos homens mais idosos - especialmente as que lhes despertam o desejo sexual.

Já os que se encontram na faixa etária entre 20 e 35 anos, estão totalmente perplexos e perdidos e não sabem muito bem como se posicionar. Tendem a ver as mulheres de forma mais igualitária, respeitando-as profissionalmente. Mas eles ainda invejam o poder sensual delas e isso determina duas tendências: uma delas é a de continuar a agir - ainda que de forma disfarçada - da maneira mais tradicional, como os mais velhos; ou tentar imitar o modo de ser delas, tentando despertar seu desejo, por meio do aprimoramento de suas aptidões físicas; são os que freqüentam as academias, usam cremes, gastam bastante com roupas e outros adornos.
O terceiro grupo é dos jovens com menos de 20 anos. Estão numa boa! Vêem as mulheres reais apenas como parceiras românticas e se interessam sexualmente por elas apenas quando estão namorando. Não freqüentam prostitutas e não têm muito interesse no sexo casual. Preferem o sexo virtual ou no contexto amoroso. Não são paqueradores e não se sentem por baixo pelo fato de não provocarem o desejo das mulheres, porque estão sempre muito satisfeitos sexualmente graças aos seus “programas virtuais”. Costumam ser moços serenos e até mesmo um pouco preguiçosos, pois não sentem que precisam fazer muita força ou ter muito sucesso para terem acesso às moças que, não sendo assediadas, passaram a assediá-los.
Talvez ainda haja tempo de nos recuperarmos, se os homens mudarem a visão que têm das mulheres, das suas avós, suas mães, das irmãs, suas parceiras, das colegas de serviço,e de suas amigas ...
Quero viver para ver também o dia em que as próprias mulheres mudarão o conceito que fazem de si mesmas, por que cresceram dentro de um universo onde bigodes e barba davam a idéia de que só quem os possuía poderia escolher, determinar, comandar, mandar... Ainda há muitas mulheres subservientes aos homens – sejam eles pais, patrões, maridos, namorados... - e muitas outras que se comportam como se homens fossem – e dos antigos – ao chegarem ao poder. À mudança, rumo ao Amor!

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